O reajuste no preço do óleo diesel, anunciado pela Petrobras no último sábado (1º), acendeu um alerta no setor de Transporte Rodoviário de Cargas (TRC). O combustível passou a ser vendido para as distribuidoras por R$ 3,72 o litro, um aumento de R$ 0,22, somado ao reajuste do ICMS, que subiu R$ 0,06 por litro. O impacto direto recai sobre os custos operacionais das transportadoras, que temem um aumento no preço dos fretes e, consequentemente, no valor final dos produtos transportados.
Segundo o presidente da Fetrancesc, Dagnor Schneider, o diesel representa de 40% a 50% do custo de uma viagem, o que torna qualquer aumento preocupante para o setor. “Se um frete custa R$ 100, metade desse valor vai para o combustível. Isso acaba encarecendo o transporte e refletindo no preço final ao consumidor”, explicou Schneider. Dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP) apontam que o preço médio do diesel nas bombas deve subir de R$ 6,17 para R$ 6,36 por litro.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas do Oeste e Meio Oeste Catarinense (Setcom), Paulo Simioni, ressalta que a alta inesperada prejudica empresas que não podem repassar o aumento imediatamente devido a contratos fixos com embarcadores. “Um caminhão que roda 8 mil quilômetros por mês terá um custo adicional de R$ 2.640,00 só com esse aumento”, alertou. O setor cobra mais previsibilidade na política de preços para evitar impactos sucessivos no transporte e na economia.
