Ednaldo Rodrigues foi afastado do comando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) nesta quinta-feira (15), por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ). O desembargador Gabriel de Oliveira Zéfiro apontou possível falsificação da assinatura de Antônio Carlos Nunes de Lima, o Coronel Nunes, em um documento que sustentava juridicamente a permanência de Ednaldo na presidência. Segundo o magistrado, Nunes estaria incapacitado mentalmente no momento em que assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), usado para validar a eleição de Ednaldo.
Fraude e crise institucional
O TAC havia sido firmado entre a CBF e o Ministério Público do Rio de Janeiro para resolver impasses judiciais sobre a legitimidade das eleições da entidade. No entanto, a assinatura de Nunes foi colocada em dúvida em novo pedido de afastamento, protocolado no STF pela deputada Daniela do Waguinho (União Brasil-RJ) e por Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF.
Embora o STF tenha recusado o pedido, o ministro Gilmar Mendes determinou apuração imediata dos fatos, o que acabou resultando na decisão desta quinta. Com isso, Fernando Sarney foi nomeado interventor e deverá convocar novas eleições.
Mandato conturbado e resultados decepcionantes
Ednaldo assumiu interinamente a presidência da CBF em 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo, e foi eleito em 2022 para um mandato até 2026. Mesmo com decisões judiciais anteriores questionando sua eleição, ele foi mantido no cargo até o novo desdobramento desta semana. Com o novo afastamento, a CBF volta a viver um momento de instabilidade e indefinição no alto comando.
Fonte: BBC News Brasil.