
O glaucoma é uma das principais causas de cegueira no mundo, e sua detecção precoce é essencial para evitar danos irreversíveis à visão. A doença, conhecida como “silenciosa”, não apresenta sintomas evidentes em seus estágios iniciais, o que dificulta o diagnóstico. Segundo o Dr. André Bernardes, oftalmologista especialista na área, os pacientes só percebem os primeiros sinais quando 80% a 90% do nervo óptico já está comprometido, tornando a prevenção e os exames periódicos fundamentais.

Especialistas alertam para a importância do diagnóstico precoce e dos exames regulares de prevenção da doença (Foto: Reprodução/Acaert).
O diagnóstico do glaucoma envolve uma série de exames, como a medição da pressão intraocular, a campimetria (teste de campo visual) e a fotografia do nervo óptico, que permite acompanhar a evolução da doença ao longo do tempo. Embora não tenha cura, o glaucoma pode ser controlado com o tratamento adequado, incluindo uso de colírios modernos e, em alguns casos, procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos. “O avanço nos colírios tem permitido reduzir a pressão ocular com menos doses diárias, melhorando a adesão ao tratamento”, explica o especialista.
Além dos medicamentos, as opções cirúrgicas evoluíram, oferecendo métodos menos agressivos e mais eficazes. “Hoje temos cirurgias minimamente invasivas que ajudam a controlar a pressão ocular e retardam a necessidade de procedimentos mais complexos”, destaca o Dr. André. A campanha deste ano, com o tema “Unidos por um Mundo Livre de Glaucoma”, reforça a necessidade de exames oftalmológicos regulares para garantir o diagnóstico precoce e evitar a progressão da doença.