O governo de Santa Catarina oficializou, nesta terça-feira (10), o investimento de R$ 15 milhões em 18 projetos de pesquisa voltados ao combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. A suplementação de R$ 9,5 milhões, gerenciada pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado (Fapesc), ampliará estudos sobre temas como os impactos das mudanças climáticas, formas de prever surtos da doença e métodos inovadores de controle do inseto.
Segundo Fábio Wagner Pinto, presidente da Fapesc, os projetos incluem desde o desenvolvimento de tecidos repelentes até tecnologias para eliminar larvas e mosquitos adultos, com resultados esperados já a partir de 2025. O anúncio ocorre em um momento crítico, já que o estado enfrenta a pior crise de dengue da história, com 348 mil casos prováveis e 340 mortes registradas em 2024.
De acordo com João Fuck, diretor da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive-SC), o aumento no número de municípios infestados pelo mosquito – de oito, em 2014, para 175, em 2024 – criou condições favoráveis para a disseminação de doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. “A presença desse vetor é o principal fator de risco para surtos de arboviroses”, afirmou Fuck.