Há 112 anos, no dia 22 de outubro de 1912, se desencadeou a Guerra do Contestado, um conflito armado que ocorreu até 1916 na região fronteiriça entre Santa Catarina e Paraná, envolvendo sertanejos, posseiros e autoridades estaduais e federais. O principal estopim do conflito foi a disputa pela posse de terras, influenciada por intervenções governamentais e transformações econômicas, como a expansão da produção de erva-mate e a chegada das ferrovias.
Esses fatores criaram um cenário de insatisfação social, onde movimentos, liderados pelo Monge José Maria, mobilizavam a população em busca de resistência contra as forças governamentais.
As forças do governo, sob a liderança do presidente Hermes da Fonseca e do general Setembrino de Carvalho, buscaram controlar a situação com intervenções militares. O conflito culminou em 1916 com a derrota dos rebeldes, resultando em destruição de comunidades, deslocamento da população e repressão aos movimentos sociais, que deixaram marcas profundas na cultura e identidade da região.
A região de Canoinhas, uma das mais importantes no conflito, carrega até hoje as marcas desta batalha. A violência levou à destruição da infraestrutura local e ao desmantelamento das atividades econômicas tradicionais.