A Polícia Federal lançou, nesta quinta-feira (7), a Operação Deadcoin para desmantelar um grupo acusado de enganar mais de 10 mil vítimas e gerar prejuízos estimados em R$ 250 milhões com promessas de investimentos financeiros fraudulentos. A operação cumpriu 28 mandados de busca e apreensão em cidades de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além de confiscar automóveis de luxo, milhões em criptomoedas e dezenas de imóveis. O principal suspeito foi preso, e 58 pessoas, entre físicas e jurídicas, estão sendo investigadas.
De acordo com a investigação, o esquema atraía vítimas com promessas de lucros rápidos, mas bloqueava os valores após os primeiros retornos financeiros. Para dificultar o rastreamento dos ganhos ilícitos, os suspeitos criaram um sistema sofisticado de lavagem de dinheiro e evasão de divisas para paraísos fiscais. Entre as medidas cautelares, foram expedidos dois mandados de prisão preventiva e retidos passaportes de envolvidos em Caxias do Sul e São Miguel do Oeste.
A operação também conta com apoio da Interpol para localizar suspeitos foragidos, além de uso de tornozeleira eletrônica para um dos investigados em Caxias do Sul. A ação da PF visa desarticular o núcleo financeiro e logístico do grupo, protegendo vítimas de novas fraudes.