
O verão de 2024/2025 ficou marcado como o sexto mais quente dos últimos 64 anos no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A temperatura média ficou 0,34°C acima da temperatura normal histórica do período de 1991 a 2020. O recorde continua sendo do verão 2023/2024, que superou a média em 0,73°C. As ondas de calor atingiram diversas regiões, sendo mais intensas no Rio Grande do Sul, onde três eventos de calor extremo foram registrados.

As maiores temperaturas foram registradas, principalmente no Rio Grande do Sul (Foto: Reprodução/NSC).
Mesmo com a presença do La Niña, fenômeno que tende a resfriar o planeta, o calor intenso predominou no país, reforçando a tendência de verões mais quentes desde a década de 1990. No Planalto Norte de Santa Catarina, incluindo Canoinhas, as temperaturas também ficaram acima do esperado. A Organização Meteorológica Mundial (OMM) alerta que as mudanças climáticas, impulsionadas pelo aumento das emissões de gases do efeito estufa, têm alterado os padrões de temperatura e chuva em diversas partes do mundo.
O fenômeno La Niña é caracterizado pelo resfriamento das águas do oceano Pacífico Equatorial, o que geralmente leva a temperaturas mais amenas. No entanto, o impacto do aquecimento global tem reduzido esse efeito natural, permitindo que o calor persista mesmo sob sua influência. O relatório da OMM destaca que as mudanças climáticas induzidas pelo homem têm intensificado eventos extremos, como ondas de calor, secas e tempestades, afetando o clima global e os padrões sazonais.